Há diversas conceituações de hipnose, mas , de forma generalizada, existe um consenso entre a maioria dos profissionais da área que diz o seguinte:

Hipnose é um estado alternativo de consciência ampliada, onde o sujeito permanece acordado todo o tempo, experimentando sensações, sentimentos, talvez tendo imagens, regressões, anestesia, analgesia e outros fenômenos hipnóticos enquanto está neste estado.

Você fica mais interno, mais focado, mais acordado. Durante o transe, você vai se desligando das percepções externas e tem uma grande atividade interna, sem perder seu estado de alerta.” (Bauer, 2013, p.17)

A hipnose é definida pela Associação Americana de Psicologia como “um procedimento durante o qual um profissional de saúde, ou pesquisador, sugere a um ciente ou a outra pessoa, que vivencie mudanças em sensações, percepções, pensamentos ou comportamentos”. O contexto hipnótico geralmente é estabelecido pelo procedimento de indução.

Segundo Milton Erickson “toda boa comunicação é hipnótica por natureza… Todas as vezes que nós entramos em um estado altamente focado de atenção, nós estamos em transe.”

A mente inconsciente se torna receptiva quando há abertura e aceitação total de nós mesmos, em toda a nossa humanidade exatamente como somos: imperfeitos. Quando somos abordados dessa forma e através da linguagem da nossa mente inconsciente (metáforas, símbolos, sugestões indiretas) todos entramos em transe e nos beneficiamos muito com isso.

Ela [a hipnose] é um estado de consciência – não inconsciência ou sono – ou de percepção (awareness) no qual há uma marcante receptividade e uma disponibilidade ampliada a responder tanto de forma positiva quanto negativa essas ideias.[por volta de 1950]. (Erickson, 1980, vol. IV, cap. 21, p. 224).

O estado hipnótico é essencialmente um fenômeno psicológico, que não tem relação com o sono fisiológico, e depende completamenteed da total cooperação entre hipnotizador e o sujeito. (Erickson, 1941, p. 14).

O estado de transe promove uma aprendizagem inconsciente mais profunda. Todos podem entrar em estado de transe, aliás ele ocorre com muito mais frequência do que se imagina. Quando estamos assistindo TV, ou absortos em uma conversa, ou dirigindo, estamos em estado de transe. Você sabe como entrar em transe. Portanto, todos os estados de transe são considerados auto-hipnose. Mas esse é um assunto para um próximo post.

 

Livros consultados:

Adler, Strephen Paul

Hipnose Ericksoniana – estratégias para a comunicação efetiva / Stephen Paul Adler; [traduçãode Ana Terezinha Passarella Coelho] – Rio de Janeiro: QualitymarkEditora. 2019.

 

Bauer, Sofia

Manual de hipnoterapia ericksoniana  Sofia Bauer. – 2 ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2013.

 

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